terça-feira, 26 de janeiro de 2010

As Histórias Possiveís dos Animais Inventados...

No dia 22 de Janeiro de 2010, houve a 49º sessão de Noites com Poemas com o tema As Histórias Possíveis dos Animais Inventados, com a participação de algumas pessoas da nossa turma: João e Francisco Sacadura, Diogo Patacão, Pilar Saramago, Madalena Morão, Maria Ana Teixeira, Francisca Faria e a Ana Alice acompanhada pela mãe e pela avó. Também estiveram alunos da nossa turma assistir.


João Paulo Sacadura (à direita), que é jornalista e pai de dois colegas nossos, e o escritor David Machado.

Texto de: Francisco Limão com a colaboração de: Diogo Patacão e Catarina Ramos.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A Ana Alice conta uma história - Cinco irmãos ( cont.)

Margarida foi descendo as escadas lentamente… Tinha que pensar no que ia dizer! Chegou à sala com um sorriso falso na cara:
- Então? Andas a pedir à tua irmã que diga as coisas por ti? Olha, antes que venha daí um disparate, toma o teu telemóvel…
-Pai… Obrigada… Mas o que eu queria pedir era… Quer dizer!
- Diz lá…
- Um amigo meu… Da minha turma… Convidou-me para ir a uma festa que vai haver em casa dele no Sábado… Quer dizer!
- Sim… E tu querias ir?
- Claro pai… Mas…
-Mas?
- Como estive de castigo…
- Ah! Estás com medo que eu não te deixe ir por isso…
- Bem… Mas pai, eu aprendi a lição! E agora tenho sido uma rapariga responsável, que faço todas as tarefas, não tenho ido ao cinema com as minhas amigas… E o pai ajudou-me!
- Ajudei? Ah! Então queres deixar de ir ao cinema com as tuas amigas? – interrompeu Jorge entre algumas gargalhadas.
- Não, mas… O pai ajudou-me a ser mais responsável… E por isso…
- Está bem podes ir… eu vou lá levar-te e buscar-te…
-Yupiiiiiiiiiii!!!!!
- Não queria interromper, mas a vossa avó Margarida e o vosso avô António vêm amanhã…
-Fixe! A avó anda a ensinar-me uma técnica nova de pintura! – disse o Pedro
- Vá! Todos para a cama! – ordenou a mãe, que ainda tinha de ir trabalhar no computador.
- Mãe! – resmungou o Manuel
- Manel! Vá… - disse o pai…

Continua na próxima semana…

Quem és tu?

-Tenho uma mota vermelha
com um leitor de CD,
computador, internet
e uma nova TV.

-Tenho piscina aquecida,
um cavalo para montar,
e como sempre marisco
no restaurante, ao jantar.

-Tenho sete namoradas,
as sete com moradias,
as sete com lindos olhos,
as sete com ricas tias.

-Tenho um pai com muitas notas
e mãe cheia de pulseiras,
são de prata os meus talheres,
e de ouro as minhas torneiras.

-Afinal tu não existes,
és só aquilo que tens,
um zero todo coberto
de uma montanha de bens.

Poema de Luísa Ducla Soares

publicado por/ Carlos Silva

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

As Janeiras

As Janeiras ou cantar as Janeiras é uma tradição em Portugal. Consiste na reunião de grupos de pessoas que se passeiam pelas ruas no início do ano, cantando de porta em porta, e desejando aos vizinhos um feliz ano novo.

É em Janeiro, o primeiro mês do ano. Este mês era o mês do deus Jano, o deus das portas e da entrada. Era o porteiro dos Céus e por isso muito importante para os romanos que esperavam a sua protecção. Era-lhe pedido que afastasse das casas os espíritos maus.

A tradição geral é que grupos de amigos ou vizinhos se juntem, com ou sem instrumentos musicais. Depois do grupo feito e de distribuídas as letras e os instrumentos, vão cantar de porta em porta pela vizinhança. Terminada a canção à porta de uma casa, espera-se que os donos tragam as janeiras (castanhas, nozes, maçãs, chouriço, morcela, etc.).
No fim da caminhada, o grupo reúne-se e divide o resultado das oferendas, ou comem todos juntos aquilo que receberam.


texto de Francisco Limão

***

Em Oeiras houve cantares das Janeiras. A reunião teve lugar na Igreja Matriz onde ouvimos os cantares de dois grupo: Quatro ao Sul e Cramol.


A festa continuou com todos a cantarem pelas ruas do centro de Oeiras, tendo paragem no café dos "Gémeos" onde o grupo foi recebido com vinho quente com canela.

texto Lourdes Calmeiro e fotos de Jorge Castro

domingo, 3 de janeiro de 2010

Ana Alice conta uma história...- Cinco irmãos ( cont...)

Margarida ficou pensativa durante os seguintes momentos, os seus olhos brilhavam muito.
- Mana! Por favor! Eu prometo que não digo nada a ninguém!! Please!!
- Prometes?
- Claro! Porque não?
- É aquele rapaz da minha turma… O Nuno…
- Ele pediu-te em casamento? – interrompeu a Joana.
- Não! Minha parva! Olha, se é para gozares…
- Desculpa! Conta, vá lá…
- Eu recebi um bilhete dele no cacifo… Ele gosta de mim…
- E tu dele!
- Pois…
- O que é que ele queria??
- Convidar-me para uma festa à noite, que vai haver no Sábado, em casa dele… Mas, duvido que o pai me deixe ir… Ainda estou de castigo, por aquilo do telemóvel na aula…
- Que chatice… Era a tua grande hipótese…
- Vá lá… Ajuda-me…
- Falar com a mãe vai se fácil, mas com o pai…
- Obrigada, Joana, és a maior!
Entretanto, na sala de jantar, o pai falava animadamente com o Manuel, sobre os resultados do último jogo de futebol.
- Querido! A Bárbara não quer acabar a pêra cozida… - lamentou a mãe.
- Então, Bárbara, é a ultima! – disse a Joana, que chegara a tempo de dar a última colherada.
Tirou a irmã da cadeira com jeito e começou:
- Pai, ainda estás zangado com a mana por o telemóvel dela tocado na aula?
- Mais ou menos, mas acho que já ficou sem telemóvel tempo de mais. Leva-lhe lá o telefone!
- Mas pai, não é isso que ela quer!
- Ai não? Então o que é?
- Aaaaa… Fala com ela! – disto isto, começou a subir as escadas a correr.
- O quê? Tu disseste isso? Minha parva! Não sabias só dizer que eu queria ir a uma festa? Assim era mais fácil de falar!!!
- Desculpa! Agora vou dormir!
- Obrigada vou ter eu que ir lá abaixo? Não é?

Continua na próxima semana…